A desistência anunciada, por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, de disputar a presidência da República, ano que vem, pode ser real.
Há o temor de perder a pomba na mão ao correr atrás de duas voando, ou seja, há o risco iminente de ser derrotado por Lula e ainda ver seu substituto ser derrotado em São Paulo.
Porém, há outra hipótese: essa desistência pode ser apenas mais uma encenação a fim de obrigar o chefão do clã a calar seu rebento, ora homiziado nos EUA, antes que imploda a extrema direita.
Fatos: os institutos de pesquisa começam a trazer números mais próximos da realidade percebida, isto é, Lula neste momento é imbatível na disputa presidencial do ano que vem, podendo até liquidar a eleição no primeiro turno.
Entretanto, tudo tende a ficar pior caso a direita não possua um candidato competitivo, ao menos pra evitar que a eleição seja decidida no 1º turno em favor de Lula, comprometendo a estratégia de ter maioria no Senado para fazer do STF refém.
Assim, até o início do ano que vem, as forças anti Lula precisam juntar-se e mostrar força para que se tenha um cenário menos consolidado do que o atual, com Temer e Aécio aparecendo ao lado de boçalnaristas como Ratinho Jr, Jorginho Mello, Zema, Caiado, Tarcísio e outros menos votados.
Caso essa mistura assuma que está no mesmo tacho, há remota possibilidade que se tenha uma eleição mais polarizada, mesmo que apareça um cara de pau apresentando-se como alternativa à polarização; caso contrário, se a direitona continuar com a estratégia do salve-se quem puder, muitos dos acima citados até conquistarão mandato no legislativo, porém, o sininho indicando que a vaca do projeto vai no rumo do brejo poderá ser ouvido precocemente.
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