Impressionante como o ódio cultivado entre famiglias, durante décadas, agora transformou-se em amor profundo.
Se fosse apenas um sentimento negativo superado e, através da prática de preceitos cristãos transformados, seria digno de efusivos aplausos.
Todavia, o amor que remove o ódio é, preferencialmente, uma indisfarçável tara por dinheiro público que move os dois clãs recentemente apaixonados.
Depois da dinheirama derramada em publicidade na cambada ex desafeta, depois do mimo empreiteiro que deu ao ex inimigo dezenas de milhões de reais para transformar o antigo prédio da receita federal em hotel, mais uma troca de presentes está por vir.
Trata-se do centenário Mercado de São Braz, que já havia sido prometido por outra paixão a uma das catervas, só que por um antigo amor de adolescência que acabou frustrado por injunções políticas; eis que agora o antigo ódio vira 'só o amor constrói' e o sonho de transformar aquela relíquia arquitetônica em presente está perto de virar realidade. Ah, se o Tigrão fosse vivo já brindaria a ocasião com seu bordão, 'é lindo o amor'. Credo!
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