O fim da jornada de trabalho, conforme PEC da deputada Erika Hilton(PSOL/SP) em fase de coleta de assinaturas, no regime 6x1, seis dias trabalhados por um de descanso, constitui-se em enorme ganho civilizatório na medida em que devolve a classe trabalhadora à convivência social para além do local onde trabalha.
Advogados, economistas e até patrões com viès progressista, em revoltante atitude de legislação em causa própria, colocam-se acintosamente contrários à medida recorrendo ao que há de mais viralata na argumentação: a realidade brasileira de baixa produtividade vai acarretar um aumento de custos aos patrões.
Em 1888, a solução encontrada em momento decisivo como o ora vivido foi a mais infame possível, ao criminalizar através do Código Penal todas as atividades(religiosas, culturais, pessoais etc) exercidas pelos beneficiários do avanço civilizatório que foi a abolição da escravatura, respondendo o patronato e elite com a segregação que perdura até hoje.
Agora, pra defender o sub emprego, a precarização profissional e o corte de diretos trabalhistas pós golpe de 2016, recorre-se ao abominável argumento de que essa precarização é coisa nossa; tanto quanto o trabalho escravo ou infantil, entre outras formas de exploração do ser humano que o patronato tupiniquim anacrônico defende com unhas de lobisomens e dentes de vampiro. Não dá!
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