Comportando-se mais como pecuarista do que como governante preocupado com questões que necessitam de urgentes soluções, como fim da indústria das queimadas, o governador paraense Helder Barbalho enveredou pelo surrealismo e defendeu a integração entre agronegócio e meio ambiente, ontem, em Cuiabá, participando de um forum de criadores de gado.
Nesse rumo, em breve, Helder estará defendendo a integração do bolsonarismo com a democracia, assim como a integração entre as proscritas facções Remoçada e Terror Bicolor, para citar um tema tão caro a S. Excia.
É o desdobramento da estapafúrdia tese outrora abraçada em um convescote de João Dória Jr, em NY, quando o governador Barbalho afirmou que não há desmatamento de direita, centro ou de esquerda, vale dizer, o crime ambiental no país não possui autoria. Vá ser neutro assim lá na fábrica de detergentes!
Chama, enfim, a atenção a postura do governador nesse momento em que o Pará assiste arderem em seu território mais de cinco mil focos de incêndio e tudo que o governador fez foi trocar o secretário de Meio Ambiente, colocando no lugar do antigo titular o ex adjunto, atestado sem maquiagem que a integração defendida pelo governador é a prevalência de métodos medievais, usados pelos seus colegas pecuaristas, em nome da redução de custos de produção, o resto a retórica malandra ajeita, mesmo que o estado perca grande parte de sua cobertura florestal e contribua, por falta de escrúpulos governamentais, para o caos climático ora experimentado. Lamentável!
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