Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Justiça no Pará dá guarida à intolerância religiosa


A justiça no Pará só não é uma gracinha porque é trágica enquanto poder, hipócrita enquanto aplicadora da lei e classista do ponto de vista social.

Um exemplo claro do comportamento nefasto de nossa justiça está posto ao conhecimento de todos, diante do fechamento do terreiro da mãe Ju, em Canudos.

Uma vizinha da afro religiosa denunciou que lá no terreiro citado o barulho era incômodo ao sossego dos vizinhos, daí o pedido para que simplesmente o espaço fosse fechado.

Não adiantou mãe Ju operar reformas no imóvel para reduzir os ruídos e limitar o horário de funcionamento das sessões às 22:30, desde o Ministério Público a intolerância religiosa triunfou.

"Aquele batuque pra lá e pra cá", como disse a intolerante promotora, foi estigmatizado e o terreiro não só fechado, mas ameaçado de despejo caso não encerrasse suas atividades em trinta dias, conforme sentença do juízo.

Enquanto isso, festas barulhentas nos quatro cantos do estado seguem impunes, ensurdecedoras e protegidos por gente influente; idem pastores histéricos encenando o rito da salvação de almas; e folguedos de campanhas políticas, com carros som aos berros e estourando fogos legalmente proibidos, sem qualquer ação indignada do Ministério Público do Pará, o que pode ser resumido no seguinte: o caso da mãe Ju é típico de INTOLERÂNCIA RELIGIOSA!

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