Falando para seus pares e para a audiência da TV Câmara, o presidente daquela Casa sentenciou, "o orçamento não é do (Poder) Executivo, mas de todos".
Ora, se é de todos é nosso, Poder Legislativo, também. Então, como somos nós que o votamos, vamos abocanhar o naco maior que estiver ao alcance das nossas garras.
Nem o flibusteiro a serviço da coroa inglesa, Francis Drake, explanou tese de apropriação de butim tão lapidar, Lira recorre ao democratismo rasteiro para reeditar Eduardo Cunha.
Retaliar o ministro do STF, Flávio Dino, criar uma pauta de votações de projetos caracterizados pela teratologia legisferante ou esperar barganha com o Poder Executiva não devem conquistar o coração do presidente da República, vale dizer, em um estado democrático de direito, até o Arthur Lira é obrigado a parecer honesto mesmo não o sendo, daí a situação atual ser irreversível e inarredável. O Legislativo vota, o Executivo executa e as cortes de conta e o MP investigam a lisura dos processos. Nada além disso.
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