Como dizem os franco/cametaenses, hoje ou o boi avua ou avua, nas eleições para escolha do novo parlamento francês.
O centro, liderado por Émmanuel Macron, segundo as projeções, mal chegará a 20% dos votos; enquanto a extrema direita deve ficar entre 32% e 35%.
Já a esquerda deve chegar aos 30%, batendo no teto de 32%, ainda, segundo as mesmas projeções, com o resto ficando entre os blocos regionais e minoritários.
Perdendo a hegemonia, Macron terá que procurar compor com quem está mais próximo, algo que outrora poderia colocá-lo mais à esquerda ante um quadro onde o retorno do nazi/fascismo constitui-se como a maior ameaça.
Ocorre que o governo dito de centro deu uma guinada fortíssima para seu lado direito, com privatizações selvagens, apoio incondicional a OTAN e guerra contra imigrantes, esses responsabilizados pela derrocada econômica francesa.
Dependendo, então, do movimento do bloco fiel da balança veremos se a extrema direita avançará ou será confinada a um espaço político mais restrito; exemplos não faltam para alertar o quanto a Europa sofreu com opções erradas no passado, quando enveredou por práticas salvacionistas, messiânicas ou redentoras.
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