Ninguém, em sã consciência, afirmará que o republicano Donald Trump venceu o debate presidencial contra o democrata Joe Biden, ontem.
Todavia, não há como negar que o atual presidente foi o grande derrotado no embate; e derrotado por sua própria performance assaz disléxica.
Trump mentiu, falseou, elevou o cinismo ao nível mais alto já visto, em um ambiente onde a mentira sempre esteve presente, mas, o máximo que seu oponente conseguiu foi chamá-lo de "otário"(sucker).
Claudicante de raciocínio, trôpego na oratória, lerdo no gestual, tudo que Biden conseguiu foi causar pânico entre correligionários, a ponto do fantasma da substituição do candidato voltar a pairar no céu de Washington, logo após a refrega.
Não é tarefa fácil, como se fosse uma substituição corriqueira em partida da NBA. Trata-se de decisão com algumas consequências políticas de efeito incalculável, tal como a admissão de fragilidade de alguém que governou o país de forma débil por quatro anos, algo só agora admitido; porém, parece ser a única forma de mitigar os estragos de uma decisão equivocada tomada lá em 2019, quando esse senhor, então, com 76 anos de idade, foi escolhido para uma missão por prováveis oito anos de duração, para a qual não estava preparado. Nem física nem intelectualmente.
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