O lançamento da candidatura do apresentador televisivo José Luís Datena à prefeitura de São Paulo, maior cidade da América do Sul, é tentativa desesperada do PSDB voltar ao protagonismo político.
O efeito inicial foi inverso, pois o ex senador Aloisio Nunes Ferreira deixou a legenda acusando os atuais dirigentes tucanos de transformarem o partido em linha auxiliar dos interesses bolsonaristas.
À margem da tática de crescimento da legenda, está claro que Datena emprestará seu prestígio de apresentador de programa com boa audiência na busca do tom certo do bolsonarismo moderado, perseguido pela mídia.
Substituto da falida terceira via, esse bolsonarismo sem a sombra de seu mentor, mas agregando o gado ao contingente buscado para derrotar Lula, terá agora duas(ou três) alternativas para evitar que Guilherme Boulos vire prefeito paulistano.
Claro que esse quadro composto por vários candidatos tidos como competitivos quase garante a decisão do pleito em segundo turno, todavia, essa divisão de votos entre Tabata Amaral, Ricardo Nunes e o próprio Datena traz grandes vantagens para Boulos e a perspectiva de que mantenha os adversários no gueto dos experimentos do que fazer em 2026 contra Lula, facilitando a vitória do psolista.
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