A liberdade do jornalista australiano Julian Assange, depois de cinco anos como o mais notório preso político do planeta, deve ser saudada efusivamente.
Todavia, não podemos esquecer que o preço dessa liberdade física vem em troca do sacrifício da liberdade de expressão, exigida pelo império que o manteve recluso por 1901 dias.
Com efeito, o fato de ter sido obrigado a assinar confissão em que reconhece como ato de terrorismo tudo aquilo que denunciou significa que, daqui pra frente, terá que passar bom tempo em silêncio, caso não queira voltar à cadeia.
Ainda que sua confissão seja um ato extremo, ainda que o império ianque aceite a liberdade de um "terrorista" que conspirou contra a poderosa máquina de destruição mantida que mantém, certamente que esse império só espera uma manifestação de independência de Assange para devolve-lo à masmorra, agora como réu confesso.
Esse é o limite da tolerância liberal à liberdade de quem incomoda.
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