domingo, 17 de março de 2024

Sucessor do Carlos Santos


Helder Barbalho é a pior tragédia administrativa que se abateu sobre o governo do Pará, desde o flagelo Carlos Santos.

À margem da degenerada propaganda veiculada por sua mídia familiar, nossos principais indicadores socioeconômicos são vergonhosos quando atestados por orgãos oficiais.

O Pará é detentor do pior IDEB do país; possui o maior contingente de escolas sucateadas em funcionamento; possuímos uma das três piores renda per capita do país; somos o estado que mais desempregou na Região Norte, durante o mês de janeiro último, segundo o Caged; temos uma das cinco maiores clientelas do Bolsa Família no país, embora sejamos o décimo primeiro PIB estadual.

Desgraçadamente, o governador optou por seguir o modelo ação social e, sob patrocínio da empresa Vale, danou-se a construir espaços onde se ensina aquilo que qualquer centro comunitário poderia assumir e transforma isso em 'maior programa do país'; enquanto nossas cadeias produtivas lutam para sobreviver sem qualquer política governamental que lhes permita abastecer o mercado interno, na perspectiva de manter a oferta aquecida e assim os preços acessíveis à população.

Resultado: o preço do açaí é extorsivo, o do peixe indecente, de frutas regionais e insumos que fazem da nossa culinária atrativo para o mundo proibitivo, tudo sem quaisquer perspectivas de sofrer uma intervenção competente de algum orgão como a Emater; para o governador, só conta a exportação de commodities como minério de ferro e soja, além do gado que muito lhe interessa, enfim, o agronegócio lhe basta, mesmo que isso acelere nossa desigualdade social, já uma das maiores do país. Triste!

Um comentário:

  1. Se todos jornalistas tivessem a coragem de escrever como voce a verdade dos fatos, mas são funcionários das empresas patrocinadas pelo governo estadual, quer dizer nosso dinheiro

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