Assim como já havia ocorrido com o debate entre os presidenciáveis, no SBT, sábado último; o debate para o governo do estado do Pará, ontem, na TV Liberal, esvaziou-se, dizem.
Tanto na disputa presidencial quanto na regional, a ausência dos favoritos serviu para mostrar que esse modelo de debate/atração televisiva esgotou-se na medida em que é premido pelas circunstâncias.
De debate de ideias mesmo pouco é sobrevive digno desse sentido conceptual, prevalecendo a velocidade que o tempo de televisão exige, diante de tanta gente pra se manifestar, daí frequentemente tudo encaminhar-se para o vazio.
Assim como Lula teria sido o grande vencedor no debate do SBT, segundo alguns observadores, ao não comparecer; o mesmo vale para o debate entre os candidatos ao governo do estado do Pará, na afiliada da Rede Globo: Helder, o ausente, foi o vencedor.
Que as redes televisivas repensem a promoção desses debates, a começar pelo formato desgastado que ofertam já há mais de três décadas, não só aumentando significativamente o tempo do evento, bem como propondo algo mais consistente que perguntas de 1 minuto e respostas dadas de três minutos, sempre insuficientes diante da expectativa do eleitor.
Talvez, os dirigentes do jornalismo dessas redes devessem sair do seu comodismo e examinar debates acadêmicos a fim de adaptar ao pragmatismo televisivo aquilo que às vezes descamba para elucubrações na academia, daí surgindo um meio termo que não canse o telespectador, mas que permita um mínimo da exposição de pontos programáticos, inclusive sob os questionamentos a esses pontos que fiquem no pós embate.
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