Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 14 de agosto de 2022

A cretinice dupla: do entrevistado e do entrevistador


Como naqueles antigos programas televisivos de humor, a resposta do treinador lusitano Victor Pereira, do Corinthians, trouxe a dose certa de estupidez que a pergunta merecia.

Ora, após uma derrota dolorida para o maior rival regional, e com um gol contra, não se podia esperar que o técnico corintiano estivesse distribuindo sorrisos e aceitando provocações.

Assim à pergunta cretina a respeito de seu temor de ficar desempregado, o coach luso sapecou uma resposta tão arrogante quanto cretina, ao dar pistas a respeito da sua avantajada conta bancária.

É o lado econômico do ar de superioridade que alguns treinadores portugueses estampam em seus rostos de herdeiros do colonialismo ibérico; o outro é o lado paranoico do treinador palmeirense, sempre posando de perseguido por canibais do futebol brasileiro que querem devorá-lo vivo.

Curiosa é a tolerância da mídia brasileira diante desses chiliques boçais de europeus que se sentem superiores como seres humanos, ao emprestar seus respectivos trabalhos em uma área onde sempre o imaginário popular acreditou que éramos superiores a qualquer país do planeta, no futebol.

Mais grave é ver-se que essas modorrentas entrevistas coletivas são de utilidade nula para o grande público, exatamente porque invariavelmente resvalam para o lado pessoal dos entrevistados, todavia, seguem seguem sendo pauta importante na cobertura jornalística, em razão dos debates que prolongam o amargor desse fel.


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