Apesar de você, ou seja, apesar do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a federação partidária composta por PT, PCdoB, PV e o próprio PSB caminha para a consolidação.
Segundo protagonistas das tratativas entre as legendas, já está marcada até a data do anúncio dessa composição federativa: dia 10 próximo, com a duração pelos próximos quatro anos.
Siqueira segue jogando contra e fazendo exigências consideradas descabidas, principalmente depois que o PT abriu mão de ter candidatura própria em Pernambuco e no Espírito Santo, para apoiar candidatos do PSB.
Além disso, a birra do presidente socialista pela candidatura própria em São Paulo, com a desistência do petista Fernando Haddad, este líder nas pesquisas, vai desmanchando-se no ar na medida em que até Márcio França, que seria o candidato, já cogita concorrer ao Senado.
Assim, cada vez mais isolado, sem discurso e sem ter muito o que cobrar depois que muito lhe foi entregue, Carlos corre o risco de ser atropelado por outras lideranças do seu partido que fazem a costura, inclusive para que Geraldo Alckmin finalmente assine ficha do PSB e seja sacramentada sua candidatura de vice na chapa de Lula.
Além dessas decisões que encaminharão a atuação dessa frente de esquerda, esse quadro praticamente inviabiliza o surgimento de uma terceira competitiva por conta da falta de perspicácia política de alguns dos atores que tentam construir essa via e não têm nas mãos atores suficientes para formar um grupo forte e numeroso politicamente pra disputa.
Ciro fracassou na tentativa de dividir o eleitorado da esquerda com Lula, e agora corre o risco de ver até parlamentares do seu partido com Lula; Dória marginalizou antigas lideranças tucanas, se isolou e caminha célere para a ruína política; Moro chafurda na lama onde um dia prometeu uma praia artificial com água cristalina, sendo provável que abandone o barco da candidatura presidencial. Restarão Lula e Bozo e a perspectiva de decisão já em 1º turno.
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