Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 9 de novembro de 2021

As (in)conveniências de Boçalnaro


Incomodado com a boa perspectiva de sucesso do programa Bolsa Família, o então deputado fascista Jair Boçalnaro pronunciou-se, em 2005, de forma patética, defendendo a legislação eleitoral da República Velha.

Disse à época o idiota investido em mandato parlamentar, "Não se pode permitir que qualquer um possa votar. Para votar nas eleições Brasil afora o eleitor deveria ter, no mínimo, uma carteira de trabalho, um contracheque, um emprego..."

Ou seja, defendia a volta do voto censitário pré revolução de 1930, quando mulheres, analfabetos e alguns outros extratos sociais eram impedidos legalmente de votar, sendo negando a esses a condição básica da cidadania em uma República.

Com as voltas que o mundo dá, provavelmente hoje Boçalnaro nem pense mais em excluir do eleitorado aqueles que outrora chamou de "pessoas sem discernimento" e que "não raciocinam"; talvez até negue ter dito ou se faça de esquecido a respeito.

Seu Auxílio Brasil, programa que colocou no lugar do Bolsa Família, não tem porta de saída, não tem orientação sanitária, acompanhamento pedagógico dos beneficiários ou qualquer outra alternativa complementar que estabeleça diálogo entre governo e essa população carente.

O novo programa boçalnarista, se é que se pode chamar isso de programa, nada mais é do que tudo aquilo outrora condenado, em pronunciamento público, pelo hoje reconvertido, com compra dos votos daqueles "ociosos", "acomodados", "escravizados pelo programa" e adeptos da "paternidade irresponsável". Um bandalho!

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