Seria hilário, não fosse ressupina jumentalidade, essa proposta do vassalo Augusto Aras(PGR), replicando ruminância de Boçalnaro, que transfere para a justiça militar processos contra civis.
Voltamos ao Ato Institucional Nº5, não mais barra 1969, mas barra 2021, caso essa excrescência jurídica vingue, sem que o Supremo interfira e mostre que milicos não passam de servidores públicos.
Colocá-los como casta política, além da imbecilidade contida na proposta, significa criar artificialmente um poder paralelo, só visto nas ditaduras mais bizarras verificadas em republiquetas bananeiras.
Curioso é que Boçalnaro vive falando em direito de ir e vir, de liberdade de expressão, coisas que despreza flagrantemente, sempre desprezou como defensor da tortura e nada indica que mude de opinião daqui pra frente.
Na verdade, esse criminoso ora homiziado na presidência da república tenta criar um teatro mambembe e eleitoreiro, que lhe permita fazer campanha presidencial com dinheiro público, bem como usar uma certa camarilha fardada que evite questionamentos à orgia programada.
É nítido que o facínora em tela está em pânico à medida que se aproximam as eleições do ano que vem, vindo junta a possibilidade de perder a boquinha palaciana que o biltre usufrui privadamente, sem que jamais refira-se a coisas referentes ao interesse público, pois este não lhe interessa.
Além disso, serão quatro anos de denúncias, três já praticamente fechados, que lhe colocam como recordista em pedidos de impeachments contra si, denúncias diversas em tribunais penais internacionais, sem contar os malfeitos familiares, quase todos abafados pelo sórdido tráfico de influência.
Por isso, essa monstruosa tentativa de transformar a justiça militar, em 2022, no que foi a infame justiça penal de Curitiba em 2018, deve ser veementemente rechaçada pelo Poder Judiciário em nome do estado democrático de direito, afinal, esses esbirros cooptados pelo desgoverno genocida que nos atormenta e escandaliza o mundo não pode continuar confundindo fora da lei com acima da lei, coisa, aliás, que ninguém pode estar em uma república decente.
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