A esquerda brasileira nunca demonstrou tanta maturidade política como vem demonstrando nos últimos anos, por isso as declarações da presidenta nacional do PT são dignas de elogio.
Ao desmentir noticiário da grande mídia, que acusou o PT de tentar evitar que o PSOL lance Guilherme Boulos à sucessão de Dória Jr, reconhecendo a total legitimidade na decisão dos psolistas.
É preciso que se entenda de uma vez por todas que unidade das esquerdas não se resume à candidatura única, sem que se avalie a conjuntura em que se dará a disputa, possibilidades de cada um, inclusive no 2º turno.
Boulos tem o recall da disputa à prefeitura da capital, ano passado, daí ser tão competitivo que lidera certas pesquisas, enquanto Fernando Haddad, pelo PT, lidera uma outra pesquisa só que sem a presença do psolista.
Nunca a esquerda esteve tão perto de vencer a disputa nas últimas três décadas, marcadas pela hegemonia tucana, agora sem um nome que demonstre força suficiente caso o atual governador, João Dória Jr, candidate-se à presidência.
Alckmin foi dizimado pelas dissensões internas, nem sendo certo que será o candidato tucano; e Dória demonstra pavor de ser derrotado na disputa pela reeleição, preferindo ser derrotado como raquítica terceira via, na disputa presidencial.
Assim, o lançamento das candidaturas de Boulos e Haddad podem significar até o fortalecimento da esquerda no parlamento paulista, com isto significando a perspectiva de ruptura com décadas de privataria indigente, bem como a retomada do crescimento econômico do estado, agora com inclusão social.
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