Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 5 de março de 2021

O monstro e o monstruoso

 


No momento em que a pandemia do coronavírus abre um cenário de verdadeiro holocausto, com o país superando os EUA em mortes por milhão de habitantes – são mais de 1.360 mortes em média, todos os dias – o Brasil colhe os resultados da omissão macabra de um governo que decidiu jogar roleta russa com 210 milhões de habitantes. Uma paralisia institucional fulminou a Esplanada dos Ministérios, com consequências econômicas, sociais e sanitárias ainda imprevisíveis naquela que já é a maior crise da história nacional.

Enquanto o próprio Ministério da Saúde espera o pior nas próximas semanas – as projeções da pasta apontam para 3 mil óbitos diários – o ministro da Economia Paulo Guedes aposta na pura dissimulação, afirmando que o país precisa de saúdeemprego e renda. Isso mesmo. Guedes defendeu, na quinta-feira (4), que primeiro vem “a saúde, sem saúde não há economia”.

A frase de tom humanista mostra que o ‘garoto de Chicago’ tomou mesmo gosto pela mentira. Afinal, o “defensor” da saúde  é o mesmo que articulou a tropa de choque no Congresso para dizimar R$ 35 bilhões de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecer um auxílio de menos da metade do que o necessário para milhões de famílias sobreviverem.

Em meio ao caos, a guerra entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores acirra-se. Se, de um lado, governadores aumentam a pressão sobre o governo para acelerar a aquisição de vacinas, Bolsonaro sobe o tom das ameaças e investe na morte, chacoalhando sua base de fanáticos direto do manicômio no qual transformou o Planalto.

“Nós temos que enfrentar os nossos problemas, chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos de enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades, mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”, comentou Bolsonaro, ciente do efeito diversionista de seus ataques.

Imunizantes, a única esperança

Na Região Sul, não há mais vagas nos hospitais para internar pacientes com Covid-19. Goiás, Minas, Rio e São Paulo também estão à beira do abismo sanitário. Segundo informa reportagem do ‘Valor’, “a cúpula da Saúde entende que não há muito no momento o que fazer, a não ser estimular a reabertura de hospitais de campanha nos Estados”.

Frente ao esgotamento generalizado da rede hospitalar, e incapazes de lidar com a crescente demanda por leitos de UTI, 14 governadores responderam à chacota de Bolsonaro com uma carta endereçada ao Executivo, na qual pedem agilidade do governo na compra de vacinas.

“Esses imunizantes são hoje para o Brasil e para os brasileiros muito mais do que uma alternativa ou medicamento: representam a própria esperança da população e, nesse sentido, nenhum governante pode correr o risco de não esgotar todas as possibilidades ou de procrastinar ações e procedimentos”, afirmam os gestores. “Cada minuto, cada hora e cada dia são preciosos e decisivos, e constituem a triste diferença entre viver ou morrer”.

Esperar Bolsonaro é morrer

O líder da bancada na Câmara, deputado federal Bohn Gass (RS), sustenta que apenas ampla uma articulação nacional, envolvendo diversos setores do país, poderá mitigar os efeitos da crise.

“Emergência nacional! Governadores, prefeitos, movimentos sociais, empresários, universidades, toda a sociedade civil precisa tomar as rédeas do combate à pandemia no Brasil”, cobrou Gass, em mensagem nas redes sociais. “Comprar vacina, tomar medidas sanitárias, sociais e econômicas é urgente! Esperar por Bolsonaro é morrer”, ressaltou.

Gass também reagiu aos comentários desumanos e do deboche do presidente a respeito da dor e do luto de milhões de famílias. “Ao chamar de “mimimi” o desespero de autoridades, profissionais de saúde, familiares e doentes ante ao descontrole da pandemia, e de “frescura” a dor de quase 260 mil famílias, Bolsonaro atinge o máximo do desrespeito e do desprezo à humanidade”, afirmou. “Iguala-se a carrascos como Ustra”, comparou Gass.

(Agência PT de Notícias)

Um comentário:

J. Cícero Costa disse...

O descaso do presidente bolsonaro com a pandemia do coronavírus é intolerável e revoltante.

Sua injustificável indiferença diante do avanço da Covid-19 no Brasil faz intensificar ainda mais a grave crise sanitária que se instalou no país, revelando o que parece ser uma certa vocação genocida cada vez mais explícita nas ações e falas desse presidente fascista.

Seu governo não é somente péssimo, mas catastrófico e letal para o povo.


Em um país sério, em momentos como esse de emergência de saúde pública causada por uma pandemia, é o governo federal que tem obrigação de socorrer os estados e proteger a população.

Mas no Brasil, como se pode ver, são os estados que estão socorrendo a União e defendendo o povo.

Não fosse o empenho de alguns governadores, hoje não teríamos vacina no país.

Quantos ainda terão de morrer sem vacina, sem oxigênio e sem amparo por incompetência e descaso do presidente da República?

Quantas vidas serão ainda sacrificadas por omissão e irresponsabilidade desse fascista ??

É a pergunta que fica !