Bohn Gass agradeceu pelo apoio recebido da Bancada nesta sexta-feira (19) para ocupar o cargo de líder e disse que encara como “uma missão” o papel a ser desempenhado num momento de turbulência agravado por um governo antinacional e antipopular. Para ele, são vários os desafios, mas há quatro tarefas centrais que a conjuntura impõe.
Uma delas é buscar “fortemente a unidade de toda a oposição para enfrentar o fascismo instalado no Brasil, cujo maior representante é o próprio presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. O outro desafio é “garantir a plenitude dos direitos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para corrigir a injustiça histórica cometida pela Lava Jato contra o maior líder popular do País”, disse.
Reconstrução nacional
Outro ponto assinalado por ele é a viabilização de um Plano Nacional de Reconstrução e Transformação do Brasil, dada a política de terra arrasada implementada pelo governo do capitão- presidente. “Nossas riquezas, matas, águas, minérios, nossas empresa públicas, nossa chance de autossuficiência energética, nosso patrimônio ambiental, cultural e social, tudo está sendo dizimado. Então, além de dar um basta a esta destruição, é preciso criar as condições de refazer tudo isso, dando esperança de qualidade de vida para o povo brasileiro”, explicou.
Bohn Gass apontou também a priorização a uma campanha de vacinação de toda a população brasileira contra a Covid-19, uma luta que se alia a outra para garantir “o direito à comida e a um mínimo de dignidade” a todos os brasileiros e brasileiras.
“ Vacina, sim! Imunização, já! Renda mínima, sim! Auxílio emergencial, já! Afinal, o PT nasceu e só continua existindo com tanta força porque sempre priorizou a vida. A vida é, sempre será, a nossa prioridade”, afirmou.
Em defesa da vida
Para o atual líder Enio Verri, “o ano de 2020 foi atípico para todos nós, mas considero que a Bancada do PT na Câmara dos Deputados cumpriu de forma exemplar seu papel como oposição a um governo de desmonte de direitos e que coloca a todo o momento em risco a vida do povo.
A força do PT, sem dúvida, está no compromisso com a defesa da vida. A nossa unidade e o diálogo qualificado com os demais partidos da Oposição e com os diferentes setores da sociedade brasileira, com destaque para as organizações de trabalhadoras e trabalhadores, contribuíram para a aprovação de medidas importantes para o País, como o auxílio emergencial e as demais relacionadas à saúde e à proteção dos trabalhadores neste período de pandemia.
O deputado Elvino Bohn Gass tem uma trajetória e história nas lutas populares e tem sido um parlamentar destacado pela sua qualidade de intervenção, capacidade de diálogo e disciplina. A Bancada ganha muito tendo o Elvino como representante, e eu estarei contribuindo com o seu mandato”, finaliza Verri.
Para a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o novo líder sempre defendeu e lutou pelas políticas públicas voltadas à agricultura familiar. “Especialista nas questões agrárias, o deputado Bohn Gass tem atuado fortemente na defesa do pequeno agricultor e do trabalhador brasileiro. Quero parabenizar o querido amigo que não se furtará a combater com vigor o governo Bolsonaro e conduzirá a Bancada do PT na Câmara com altivez para que superemos esse cenário desastroso pelo qual o país passa”, afirmou Gleisi.
Biografia
Elvino Bohn Gass tem a vida marcada pelo trabalho. Primeiro, na lavoura, com os pais agricultores familiares. Depois, no sindicato dos trabalhadores rurais, nas pastorais e comunidades eclesiais de base e na atividade de professor.
Foi essa enorme capacidade de trabalho que, aliada à formação humanista e à disposição permanente ao diálogo, que o projetaram à política. Em 1998, elegeu-se vereador em Santo Cristo (RS) e, no mesmo ano, assumiu uma vaga na Assembleia Legislativa gaúcha. Desde então, consecutivamente, foi eleito três vezes deputado estadual e depois foi para a Câmara Federal, onde está no terceiro mandato.
É formado em Estudos Sociais e pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Sou um agricultor familiar que teve a chance de estudar. Fui sindicalista, professor e estou deputado”, comentou.
(PT Câmara)
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