O governador Helder Barbalho(MDB/PA), e agora constata-se, também, que o deputado Miro Sanova(PDT/PA) parecem aqueles jogadores de futebol que abominam o toque simples e objetivo.
Para ambos, a eficiência é nada diante do ilusionismo catártico que se pode causar na plateia, mesmo que essa fantasia resulte em prejuízos à equipe que defendem, desde que posem de virtuoses, ainda que falsários.
Vejam o caso da da Medida Provisória que transfere recursos para a Conta de Desenvolvimento Energético(CDE), aprovada semana passada no Senado Federal, indo à sanção do Executivo porque já havia sido aprovada na Câmara.
Criaram em torno dessa MP a farsa de que barateará as contas de luz nos estados beneficiários, daí o senador Paulo Rocha(PT/PA) ter apresentado emenda pra incluir o Pará, emenda rejeitada em plenário, pois havia a indicação anterior dos beneficiados, bem como pressa à aprovação da citada malandragem, cuja validade expirava naquele dia.
Ato contínuo, Helder foi à luta e disse que havia acordo anterior do governo paraense com a ANEEL, a agência criada por FHC pra administrar os interesses da privataria e reduzir o poder de fiscalização do serviço público sobre eventuais e fatais bandalheiras cometidas após a entrega do patrimônio público.
No citado acordo, segundo Helder, o Pará estaria incluído por ser um estado gerador da energia elétrica que abastece os quatro cantos do país, devendo ser recompensado por isso, embora tenha sido o próprio estado a abrir mão da recompensa, quando transferiu à iniciativa privada a distribuição desse serviço essencial.
Na verdade, a dita MP é vigarice pura. Visa tão somente jogar dinheiro na tal CDE a fim de remunerar indiretamente as empresas que compraram distribuidoras públicas de energia elétrica a partir de 2013 nos estados do Acre, Roraima, Tocantins, entre outros, com dinheiro desviado do Luz Para Todos e da irrigação das lavouras.
Como não podem expor seus objetivos rapaces, inventaram essa balela de barateamento das contas de luz, cujo conceito é baseado naquele surrado ardil que avisa ser esse barateamento uma ação para o futuro, ou seja, a conta de luz ia subir, pra equilibrar as contas(leia-se, o lucro pornográfico dos compradores), no entanto, precisavam neutralizar o descontentamento a população, daí o governo doar esse dinheiro desviado às empresas.
Barbalho II pode até incluir o Pará no rol dos beneficiários dessa dinheirama, todavia, o benefício à população é sujeito a chuvas e trovoadas ocasionadas pela não redução, esta certamente explicada no Repórter Diário como acontecida dentro do futurismo maroto já citado; sendo beneficiária dessa insólita inclusão na CDE a Equatorial Energia, que passará a abocanhar mais um naco da agora degenerada Conta de Desenvolvimento Energético. Credo!
3 comentários:
Para ajudar o povo paraense, basta o governador paraense diminuir o Icms da eletricidade e dos combustíveis, que é o mais alto, proporcionalmente, do Brasil.
Não só isso. Tanto em relação à distribuição da energia elétrica quanto na venda do minério de ferro em estado bruto o estado deveria ter um mecanismo de proteção, enquanto o comprador impor as condições continuaremos vendendo essas duas mercadorias a preço vil e o estado pedindo esmolas continuará.
Só pra lembrar: que o prédio da antiga CELPA, na Magalhães Barata, foi devolvida ao Governo do Estado por conta do ICMS que não eram repassados.
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