Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 10 de maio de 2020

Ás no ofício de prestar contas



Os gastos diários de quase R$32 mil, com os cartões da presidência da república, demonstram que uma coisa Bolsonaro aprendeu muito bem ocupando mandatos eletivos.

Foi transformar dinheiro público em fortuna pessoal, apenas usando as regras frouxas de prestação de contas desses recursos, ou ausência total de exigência dessas regras.

No caso do cartão corporativo presidencial, a legislação faculta qualquer obrigação de prestar contas; e no caso das despesas, quando era parlamentar, está lá tudo tão falso quanto documentado.

Atualmente, agrava a situação o fato de Bolsonaro dispor de cartões pra fazer frente a outras despesas sigilosas, resultando disso um aumento exorbitante também nessas outras despesas.

Saltaram de R$1,9 milhão, nos quatro primeiros meses do ano passado, para R$7,55 milhões nas despesas feitas no mesmo período deste ano, uns 600% de acréscimo.

Remotamente, Bolsonaro já se virava na Câmara Federal no domínio da arte de transformar verbas diversas de gabinete em ganho pessoal do parlamentar.

Queiroz, a vendedora de açaí, parentes de milicianos, sempre constituíram-se em ficção salarial. O que ganhavam no contracheque era metamorfoseado em ganho particular do deputado.

Por isso, certa vez disse em palanque que não abria mão daquilo que tinha direito porque sua equipe trabalhava muito, de fato, vender açaí e ainda vigiar a casa do "patrão" devia dar trabalho.

Já o trabalho enquanto assessoria parlamentar pareceu desguarnecido por longos vinte e oito anos anos, constatação óbvia pela imprestável produção legislativa do tenente que virou capitão.

Deplorável não é a cara de pau de quem vendeu essa patranha, mas a sordidez midiática que omitiu-se em investigar por mero interesse eleitoreiro na época e agora encena perplexidade. Triste! 

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