Na contramão

Bem, se o conceito de cidades inteligentes(Smart Cities) passa pela busca constante de soluções que melhorem a vida dos seus habitantes, então, há 23 anos os prefeitos do período caminham na contramão desse conceito e correm o risco de eleger Belém a 'cidade burra', ou stupid city.

Como está citado no exemplo de Hong Kong, onde um bairro localizado no alto de um morro foi dotado da maior escada rolante do planeta, sendo o mais democrático transporte público conhecido; aqui estreitou-se ruas, desconectou-as e reduziu-se a mobilidade urbana ferozmente.

Dividida em duas, agora Belém criou um ponto de separação que mais parece um muro virtual, sem empecilhos legais de ultrapassagem, todavia, repleta de entraves operacionais capazes de dificultar a mobilidade urbana impondo a transversalidade nefasta, causando problemas de saúde e piora na qualidade de vida da população.

Claro que a indústria 4.0, por si só, jamais resolverá essa tragédia ora experimentada se não houver gestores que devolvam à administração pública o entendimento dessa exigência: o alvo primordial das políticas públicas é o povo, jamais conveniências empresarias e interesses escusos que eventualmente se beneficiem dessa maléfica inversão de prioridades.

E isto não depende de novo aparato tecnológico para entendimento, mas, do velho e bom voto da maioria da população a fim de que essa obviedade faça retornar o bom senso coletivo que nos colocará no rumo certo pra fugir do modelo famigerado de 'stupid city' que Duciomar Costa e Zenaldo Jr vêm implantando com sucesso, para desespero nosso com os efeitos. Credo!