Segundo o IBGE, enquanto um preto ou pardo recebe em média R$10,1 pela hora trabalhada, um branco recebe R$17 por hora, ou seja, 68% acima.
Até nos casos de chefia a discriminação é escandalosa. Somente 29,9% dos cargos gerenciais nos diversos setores da economia são exercidos por pretos e pardos.
Mesmo nos setores onde a escolaridade é mais alta a disparidade é muito grande. Enquanto um preto ou pardo recebe R$22,7/hora; um branco recebe R$32,8/hora.
O IBGE acaba chegando a uma conclusão óbvia a respeito do tema, "Esse indicador nos aponta para a questão de que a desigualdade no mercado de trabalho não acaba com a igualdade na formação educacional".
Vale dizer, a democratização no acesso ao ensino público do terceiro grau, onde a maioria preta ou parda foi constatada pela primeira vez, não acompanha a maioria racial na vida profissional, onde a minoria branca segue beneficiada pelo preconceito atávico que a comete a elite brasileira.
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