A tragédia golpista e o remendo em uma roupa que não nos serve mais

A reportagem de hoje no Diário do Pará, a respeito do esforço do governo do estado em retomar 14 obras de construção de moradias populares na RM de Belém, só expõe a iniquidade do golpe que apeou Dilma do governo e seus desdobramentos.

Esse vil abandono, além dos efeitos perversos na economia na medida em que desempregou em massa no setor da construção civil, significou malversação do dinheiro público ao abandonar obras já quase concluídas, em uma região marcada pelo déficit de moradias decentes.

O esforço tardio de Helder não apagará a omissão verificada quando era ministro do ladravaz temerário e nada fez para que aquelas obras fossem concluídas e muitos paraenses hoje vivessem em um ambiente hígido, como é direito fundamental da cidadania.

Certo é que o estrago está feito, o PAC criado nos governos petistas praticamente destruído, a pobreza aumentando e isto não será corrigido tão cedo, ainda mais quando a tentativa se dá por meios politiqueiros outrora condenados em administrações anteriores.

Desgraçadamente, há dúvidas se essas lições práticas estão servindo de ensinamento no procedimento governamental. Continua o estado optando pela austeridade retórica e sem dar indícios de arrojo na criação de políticas públicas inclusivas, sem o que jamais superaremos o mais do mesmo até aqui ofertado.