Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Helder segue a linha dos tarados por cárcere Simão Bacamarte e Sérgio Moro



O Pará possui mais de 20 mil presos, sendo que 50% desses presos estão em situação temporária, ou seja, na condição provisória.

Por isso, está coberto de razão o superintendente do sistema penal, Jarbas Vasconcelos, quando diz, “O Pará é o estado do país que mais prende de modo cautelar. Os presos provisórios representam cerca de 50% da população carcerária. Com isto, eu estou raciocinando que nós estamos prendendo mal, porque a gente deve estar prendendo, no Brasil e no Pará, quem deveria estar solto e deixando solto quem deveria estar preso. Estabelecendo um custo muito alto para o Estado, já que o nosso preso custa em média R$ 2 mil reais".

Então, não faz o mínimo sentido o poder legislativo estadual produzir uma lei que transforme a superintendência em secretaria estadual, visando, acho eu, dispensar maior atenção ao problema quando, na verdade, essa formalidade legal pouco acrescentará à solução tão aguardada enquanto persistir a política do encarceramento como forma de gerir a segurança pública.

Continuaremos, como diz Jarbas, prendendo os que deviam estar soltos e deixando soltos os que deviam estar presos, com os soltos retroalimentando a usina de recrutamento de novos 'bandidos' para a causa do crime, enquanto aqueles que se encontram presos estão impossibilitados de exercer suas 'profissões', ou mesmo mortos pela polícia, um quadro até aqui tangenciado pelas propostas de solução.

A tal secretaria está sendo criada a toque de caixa, em tramitação relâmpago para que seja tornada lei ainda este mês. No entanto, não há qualquer entendimento com o Poder Judiciário visando solucionar o problema dos presos provisórios, quase permanentes, muito menos vontade política de se discutir seriamente penas alternativas ao encarceramento em certas situações, seguindo o estado no ritmo da toada que manda prender mais, matar mais, construir mais cárceres e criminalizar como nunca os do andar de baixo. Triste! 

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