Não dá mais pra segurar, explode conspiração. Ou, todo mundo já percebeu aquilo que o jornalista Alex Solnik resumiu como a postura de generais irresignados em bater continência pra capitão.
Mijair Boçal, Carluxo, Olavão Charlatão, todos estão cientes que o general Mourão só aguarda o momento político mais conveniente a fim de operar a troca de comando.
Mijair minimiza a conspiração definindo as pretensões do general como gosto excessivo por holofotes.
Claro que não é isso, muito menos pelo incontornável despreparo do capitão, mas pelo passado, tanto recente como remoto, que torna Mijair um personagem altamente vulnerável.
Sua política de baixo clero, suas ligações perigosas com milícias e seus filhos irascíveis que se sentem donos do país representam usina de desgaste político desse projeto.
Ora, se em três meses essas nuances fizeram a popularidade de Mijair desabar a ponto de coroá-lo como o mais impopular desde 1989, em quatro anos adquirirá contornos de tragédia política.
Assim, só estancando essa sangria desatada o quanto antes a fim de mitigar os efeitos catastróficos que prenunciam abater-se sobre nós. Credo!
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