Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

A tarefa da oposição é barrar esse assalto à previdência social, sem cair em armadilhas



Essa síndrome de Coubertain que acomete o jornalista Ricardo Kotscho é irritante. Parece até que a oposição está obrigada a apresentar um projeto de reforma da previdência para duelar com o do governo, em tosca ideia que o importante é competir.

Não.Definitivamente, não. Por que a oposição terá que bancar coadjuvante do projeto rentista de um governo contraditório, que fala em rombo astronômico, mas há menos de 15 dias editou decreto retirando do orçamento da seguridade social mais de R$600 bilhões para cobrir despesa do orçamento fiscal?

Além dessa obviedade, a CPI da Previdência, levada a efeito ano passado, mostrou com números incontestáveis que a previdência é superavitária, bastando para isso o governo deixar que suas fontes de financiamento previstas na Constituição permaneçam durante todo o exercício financeiro no âmbito do Orçamento da Seguridade Social.

O mega larápio Michel Temer dobrou o déficit fiscal, perdoou dívidas de ruralistas, abriu mão das receitas do pré-sal, pagou trilhões a petrolíferas multinacionais, antes mesmo de qualquer demanda judicial, e agora querem que que aposentadorias e pensões de um salário mínimo paguem essa farra bandida.

Admitir a urgência de uma reforma da previdência é admitir esse modelo rapace de apropriação do dinheiro público, transferindo-o para o cassino financeiro que faz o deleite dos Paulos Guedes da vida às custas, repita-se, da miséria de velhinhos e velhinhas. Não dá! 

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