Contando com 136 deputados, 56 do PT; 32 do PSB; 28 do PDT; 10 do PSOL; 9 do PCdo B e 1 Rede, a formação de bloco de centro esquerda na Câmara Federal ficaria a 35 deputados do 1/3 necessários à iniciativas importantes, como a abertura de processo de pedido de impeachment presidencial.
O diabo é a marmota do 'pós PT', que pode implodir a iniciativa e permitir que o barco situacionista navegue em águas tranquilas, inclusive com a perspectiva de aprovar sem sustos novas propostas de entrega do nosso patrimônio, bem como o corte de mais conquistas sociais históricas.
Seria importante que esse bloco estivesse consolidado e coeso até para a eleição da presidência daquela Casa, incentivando o lançamento de outras candidaturas a ponto de fazer balançar o favoritismo do pefelista Rodrigo Maia, até com a possibilidade de derrotá-lo a partir da pulverização dos votos.
Nessa hora em que o governo está nas cordas, o titular do cargo corre riscos enormes de queda prematura e o vice esfrega as mãos para surgir como o apaziguador da conjuntura com a mesma, diga-se, aura redentora com que Humberto de Alencar Castelo Branco foi imposto à cena política brasileira em 1964, é importante livrar o parlamento da subjugação, por atração, dessa força estranha que por enquanto está apenas no ar.
Perdida a chance, restaria lamentar que eventuais atitudes personalistas suplantem a necessidade dramática de um esforço em favor da democracia, além do baque violento que significaria a unção de um general ao comando do país em um momento em que o Poder Judiciário já se encontra refém dos interesses desse governo cada dia mais fardado.
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