Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

As reais causas do nosso crescimento econômico tipo 'rabo de cavalo'


A serem confirmadas as suspeitas de superfaturamento, praticado pela Secult em obras que marcaram os governos do PSDB de 1994 até hoje, mais do que a prática dolosa, revela-se um modus operandi lesivo ao erário e aos interesses da população.

Claro que é essencial para o sucesso do plano a propaganda, que fez de obras pouco ou nada relevantes, obras fundamentais para nosso desenvolvimento como cartões postais  a alavancarem nosso turismo, embora a ocupação da rede hoteleira continue tão vazia como era antes dessas obras.

Ninguém para pra pensar, por exemplo, o porquê do governo tucano ter anunciado com tanta pompa o Projeto Alvorada e logo depois abandoná-lo sem maiores explicações e com suspeitas fortíssimas de superfaturamento na compra de equipamentos, tanto que há um secretário respondendo na justiça.

Ninguém fala, ainda, da ação política mesquinha do ainda secretário de Cultura do Pará contra a adesão de Belém ao projeto do governo federal Monumenta, apenas porque o prefeito da capital paraense era do PT e as unidades federadas eram municipais. Prevaleceu o sem Secult, sem obra.

Os fatos narrados na reportagem do Diário do Pará a respeito desse possível superfaturamento, de autoria da jornalista Ana Célia Pinheiro, publicada ontem e hoje, esclarecem o porquê de obras como aquele ginásio ao lado do Mangueirão de quase nenhuma utilidade ser colocado como prioridade à frente do prolongamento da avenida João Paulo II, esta fundamental para a melhora do trânsito da região metropolitana de Belém.

Enfim, medidos os prós e contras, percebe-se que muito desse atraso que nos coloca como um estado que mais possui uma população miserável tem causas mais administrativas do que a discriminação sofrida, alegada por certa classe política em clara atitude de auto absolvição, até mesmo porque tudo aquilo que nos prejudica, como a famigerada Lei Kandir, sempre teve a cumplicidade de boa parte dos políticos paraenses, mais interessados em compensações do que em tratamento digno.

Restou provado que cartões postais não alavancaram nosso desenvolvimento, muito menos o turismo, não melhoraram a nossa rede hoteleira, desprezaram nosso centro histórico, inclusive o Ver-O-Peso, legaram uma população de 42% por cento vivendo abaixo da linha da pobreza, com meio salário mínimo por mês; 900 mil famílias dependentes do Bolsa-Família e uma renda per capita de poder aquisitivo haitiano. É isso. 

Nenhum comentário: