Se há um ditado popular apto a entrar pro rol dos que encerram mais sabedoria é a frase, 'o que uma eleição não faz', que retrata a mudança de hábitos de demagogos e farsantes em época de eleições, sempre aptos à prática do engodo.
Hoje, por exemplo, vendo as agendas dos dois pleiteantes ao governo paraense me deparo com um compromisso em comum, obviamente em horários diferentes, dos candidatos com lideranças indígenas.
E o que chama mais atenção é a pompa que cerca os referidos encontros. Um no sofisticado restaurante Pomme D'or; e o outro no hotel Grand Mercure, único hotel cinco estrelas de que dispõe a capital paraense.
Convém lembrar que tanto o demista quanto o emedebista mostram forte vínculo em suas campanhas com o truculento candidato à presidência pelo PSL, este já tendo prometido publicamente que em um eventual governo seu não será concedido um centímetro de terra sequer para índios, o que levou a grileira Regina Duarte ao delírio.
Além da promessa do citado fascista há, ainda, a clara disposição da bancada ruralista em combater todas as conquistas verificadas nos últimos anos pelas nações indígenas, sendo que essa bancada da grilagem também está muito bem dividida por DEM e MDB.
Portanto, reunião em ambientes luxuosos com líderes de nações indígenas soa tão falso quanto o compromisso de pagar o piso salarial dos professores públicos, assumido na reta final de campanha. Helder, como prefeito, jamais honrou tal compromisso; e Márcio Miranda é o candidato do governador Jatene, que fez da burla à lei do piso quase razão de ser do seu governo. E viva a demagogia!
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