Faísca no fogaréu do cabaret

A agência Folhapress publica nota afirmando que "Leo Pinheiro e Agenor Medeiros(OAS) deram, meses antes da sentença de Lula, depoimentos cruciais para a condenação do petista, apesar de não terem firmado um acordo de colaboração na Lava Jato".

Diz mais a nota da agência, "Na sentença do juiz paranaense, as declarações de Pinheiro e de Medeiros são citadas dezenas de vezes".

Ou seja, além de notas fiscais frias, emitidas por uma loja instalada em Curitiba para a reforma(fictícia) de um apartamento no Guarujá, centenas de quilômetros distantes da obra; há também depoimentos não homologados no rol das delações, tanto que os benefícios concedidos aos dois citados estão sendo retirados pelo referido juiz.

Por que estão sendo retirados? Se tudo que disseram é a base da falsária peça dos procuradores não menos falsários, idem na sentença do facinoroso juiz. Então, por que voltar atrás nos benefícios concedidos aos dois torturados?

Será que falta dizer algo, do tipo como transportamos o material da fictícia reforma do 'puxadinho' de Curitiba até à baixada santista? Ou assumir a mentira togada como cometida por eles, empreiteiros encrencados e chantageados pela toga farsante?

Mesmo sendo algo escandaloso, desproporcional ao espaço obtido nos jornais que a publicaram, claro que a dita nota não causará qualquer perplexidade nesse momento caracterizado por inúmeros fatos deploráveis praticados pelo golpismo. Não passa de faísca no fogaréu do cabaret em que se transformou o país.