Uma semana após os conservadores serem enxotados do comando do governo espanhol o Real Madri, clube queridinho da monarquia e do franquismo vivo na memória dos conservadores, apronta uma ursada contra a seleção espanhola anunciando a contratação do técnico para logo após a Copa.
Curioso é que o dito treinador havia anunciado pouco antes a renovação do seu contrato com a federação espanhola, dando a dimensão da dupla trairagem, de resto, pouco usual na tida e havida civilizada Europa.
De qualquer modo, é fato que entra para a já vasta literatura sob inspiração da teoria conspiratória aplicada ao futebol, em que a descrença em bruxas sempre afirma a existência daquelas criaturas altamente diabólicas.
A partir de agora, aumentam as lentes das lupas sobre o desempenho de jogadores do Real, todos colocados sob o signo da infalibilidade, caso contrário serão dados como traidores da seleção de seu país em nome do conservadorismo e contra qualquer sintoma de euforia coletiva.
À distância, um italiano que nada tem a ver com esse imbroglio porque seu país está fora da competição, pode sorrir discretamente e balbuciar se non e vero e bene trovatto . Faz sentido.
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