Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

As cartas e os números de pesquisas


Se fosse em jogo de baralho, as testemunhas chegariam a uma única conclusão: há cartas marcadas nesse jogo a fim de se chegar a um resultado encomendado a priori. Aparentemente, mais por responsabilidade do contratante que do contratado.

É o que ocorre com a pesquisa feita para aferir a intenção de voto do eleitor paraense aos cargos de governador e senador, feita pelo instituto Acertar sob encomenda do PSOL, e publicada hoje no Diário do Pará.

O próprio contratante da pesquisa sabe que o deputado federal Edmilson Rodrigues, seu principal quadro político no estado, é candidatíssimo à reeleição, logo, não deveria ter seu nome incluído entre os pretendentes ao governo. Pelo menos na pesquisa estimulada.

Depois, ao montar um outro cenário, em que o nome de Edmilson é corretamente retirado, a pesquisa tira igual e inexplicavelmente o nome do petista Paulo Rocha, este, sim, já definido como candidato oficial do PT à disputa majoritária.

Ora, se era para avaliar a possibilidade do PSOL diante do PT nas eleições estaduais, se há probabilidade de repetir Belém, onde os psolistas superaram o PT eleitoralmente, que se buscasse outra alternativa e, a partir daí, trabalhar politicamente a conjuntura.

A artificialização do quadro pareceu a tática do Oscarito na paródia 'Matar ou Correr', atrasar o relógio pra evitar que o trem chegue na hora prevista. No caso, colocar o nome mais chamativo eleitoralmente a fim de passar a ideia de hegemonia em determinado campo político.

Diante disso, fica seriamente comprometida a utilização da dita pesquisa como parâmetro eleitoral, embora seja notório o favoritismo de Helder até aqui, quando não há qualquer novidade no front, apesar da forte possibilidade de isso ocorrer diante da fragilidade do poste escolhido pelo governador.

Aguardemos, pois, novos levantamentos feitos a partir do quadro eleitoral realmente estabelecido, e não com a finalidade de avaliar possibilidades individuais ou de grupos como se fossem a conjuntura a ser enfrentada. 

2 comentários:

Anônimo disse...

O problema senhor, é que o candidato do MDB não sai do INTA, e isso desde que as pesquisas são feitas. Como um candidato pode ter caído dos 50% em 2014, e nunca mais ter saído da casa dos 30% ? E para complicar com uma rejeição bem alta.

Na Ilharga disse...

Verdade, meu caro anônimo. Isto talvez explique esse factotum frenético de um ministro que distribui de água potável a casa, embora seja detentor de uma péssima lembrança quando foi testado como executivo.