Pra variar, mais um excelente artigo do mestre Janio de Freitas, na Folha Tucana(FSP), abordando hoje a prisão da máfia dos transportes no Rio de Janeiro e ressaltando a singularidade de ser a primeira dessas operações do tipo Farsa Jato "com efeito direto em benefício da população".
Ao lamentar que a dita operação não tenha tido caráter nacional, já que os problemas que levaram a ação judicial que desbaratou a quadrilha carioca são, Janio mostra ser a dita delinquência fruto de quadrilhas que se retroalimentam na continuada prática do crime, através de cumplicidade política previamente acertada.
Detentores de mandato eletivo e com poder decisório obedecem os ditames dos interesses financeiros das máfias privadas. Em troca, financiam as máfias legislativas ou executivas a fim de eternizar-lhes no poder público defendendo interesses escusos de bandidos contra o interesse público.
Como se percebe, o colunista tem toda razão em almejar a extensão dessa ação para todo o país na medida em que há escandalosa familiaridade no modus operandi das demais máfias que se formaram para atuar no setor do transporte coletivo.
Não por acaso, a família blatídea, presa novamente no Rio por ser acusada de comandar a quadrilha, tem ou teve negócios no setor cá por Belém, sendo até bastante conceituada pelo seu empreendendorismo, segundo aquela chusma de páginas destinadas à ordenha escrotal dos que pagam os espaços nesses jornais.
Portanto, que o referido artigo possa ser repercutido e transformado em fonte para um debate sério e tendente a comportar medidas concretas no sentido da dizimação dessas máfias. Afinal, o transporte coletivo é sustentado pelo suado dinheiro daquele usuário de menor poder aquisitivo, o que torna ainda mais urgente tirar do papel a letra da lei que ressalta o caráter social desse serviço.
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