Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Ocultismo tático não esconde propósitos conservadores de Ciro Gomes



Cada vez mais tucano do ponto de vista da retórica, Ciro Gomes exige auto crítica do PT e sugere, sem qualquer sutileza, que o PT deveria lançar candidatura própria à presidência do país. Desde que não seja o Lula.

Claro. Se as forças que tomaram o poder de assalto deixarem, Lula ganha a eleição e faz prevalecer aquilo que salta aos olhos da população e Ciro tenta em vão obnubilar. O ex-presidente é a maior liderança política do país.

São tantas as revelações cirianas de seu pendor conservador que nem dá pra abordar todas, apenas as principais.

Por exemplo, a auto crítica exigida por ele leva em conta a aliança com o PMDB que colocou Michel Temer na vice de Dilma.

Só não diz o porquê dele, Ciro, juntar-se a Roberto Freire, anti petista figadal, e fortalecer um dos braços do conservadorismo tupiniquim, fortalecendo uma legenda de aluguel da privataria paulista até ser enxotado por representar ameaça à hegemonia dos sub oficiais do coronelismo privata.

Também não explica o porquê de auto intitular-se de esquerda, mas seu partido votar em peso na Câmara Federal pelo golpe contra a democracia que derrubou a legítima e honesta Dilma Rousseff, colocando no poder o ilegítimo e larápio Temer.

Oculta convenientemente, ainda, que foi o PT que enfrentou Eduardo Cunha na eleição da Câmara, bem como recusou a votar pelo arquivamento das denúncias contra Cunha, preferindo enfrentar o risco de golpe de cabeça erguida, enquanto Ciro fazia proselitismo solo sobre os escombros da democracia.

Não. Ciro não é de esquerda. De esquerda era Brizola, que tentou resistir ao golpe militar/empresarial dado contra a democracia brasileira em 1964, primeiro com a cadeia da legalidade, depois mobilizando o setor do Exército brasileiro localizado no Rio Grande do Sul.

Ciro, ao contrário, foi parlamentar, ministro e executivo sempre pela legenda tucana, de lá só saindo quando percebeu que não tinha força política pra enfrentar a hegemonia de São Paulo, indo cantar em outra freguesia tão conservadora quanto o ninho que abandonou.

Que siga seu rumo e faça campanha do jeito que bem entender. Só não pode pensar que suas diatribes intimidam ou enganam a população, muito menos que a esquerda brasileira confia nele como um dos nossos.

Alguns de seus diagnósticos, é verdade, a respeito da realidade brasileira são pertinentes, mas tem origem na conservadora universidade de Harvard(EUA). Só que isso não o cacifa como de esquerda, mesmo porque seu ocultismo propositivo parece ter como finalidade  apenas a chegada ao poder. Simples assim.

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