Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

O consumidor paraense não pode ser refém da ganância de carteis



Durante muito tempo os supermercados paraenses mantiveram o mercado paraense sob seu domínio exclusivo, não permitindo a entrada de qualquer concorrente vindo de outras praças formando assim um verdadeiro cartel de preços, produtos e prestação de serviços.

No entanto, desde que Fernando Yamada assumiu o comando da associação nacional de supermercadistas o mercado paraense se abriu e os chamados 'atacarejos' acabando com a ditadura dos locais, bem como passou-se a ter mais opções de produtos e a preços mais acessíveis.

Diante disso, incomodados com a perda de considerável naco desse mercado, os empresários locais foram até o Procurador do Ministério Público do Estado queixar-se que o governo do estado estaria concedendo benefícios fiscais ilegais aos forasteiros e desequilibrando a concorrência.

Ora, se esses benefícios são ilegais deveriam os que se sentem prejudicados procurar a justiça e barrar a ilegalidade, que estaria desfalcando em R$300 milhões a receita tributária estadual.

No entanto, não é a receita estadual que está preocupando os reclamantes, mas o fato do cartel acima citado ter sido fortemente atingido em sua comodidade que permitia que faturassem alto sem qualquer preocupação com o bem estar do consumidor.

Pelo contrário, como no caso do horário de funcionamento, em que os empresários se recusam a contratar mais gente e levar os estabelecimentos até 22 horas do domingo, o consumidor é o que menos conta, tendo comprometida sua comodidade na hora de fazer compras por conta da intransigência de quem se acostumou a ganhar muito e dar o mínimo em troca.

Seria bom que essa situação fosse tratada com mais transparência e priorizando o interesse público, tanto por parte do MPE quanto da imprensa que dá cobertura ao fato, a fim de que não se experimente o retrocesso aos tempos cartelizados. Ilegalidades não devem ser toleradas, de fato, mas a submissão à formação de carteis em setores do comércio e serviços sempre foram veneno demais pra nossa economia, daí também não deverem ser toleradas.

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