Um dia depois da patética liberação do 'homem da mala' Rocha Loures, pelo ministro(STF) Edson Fachin; e a devolução do mandato de Aécio Neves por outro ministro, Marco Aurélio Mello, o Diário do Pará estampa declarações aparentemente desassombradas da eleita por Temer pra suceder Rodrigo Janot no comando da PGR.
Eleita por MT, sim, pois não era a primeira da lista, o preferido pelo colégio de procuradores tem um grave defeito: é irmão do governador Flavio Dino(PCdoB/MA), logo, desafeto do mais velhaco e rapace PMDB que se conhece, daí voltarmos ao tempo em que a vontade da maioria da PGR e merda é a mesma coisa.
Alheia à manobra, a 'eleita' deitou falação sofista elogiando a Farsa Jato como como exemplo de aplicação equânime da lei. Risos. Prolongados. Claro que a ardilosa senhora sabe das preferências políticas dos operadores do "direito penal de Curitiba" e suas consequências em favor da impunidade dos maiores larápios do país.
Verdade que as palavras de D. Raquel Dodge foram ditas a quando de sua visita a Belém no meio da semana que está findando. Porém, a publicação delas hoje no jornal dos catitus guarda um indisfarçável festejo pela escolha, exatamente por ela representar o oposto do que declarou, aliás, bem ao estilo temerário.
Assim, fica claro que estamos de volta aos tempos de Geraldo Brindeiro, o terrível engavetador de processos a serviço de FHC e toda a camarilha privata. E o nome da sucessora parece emblemático do anacronismo.
Com efeito, assim como a precária indústria automobilística daquela 'década perdida', os dirigentes da instituição fiscal do cumprimento das leis não podem ser julgados por sua aparência luxuosa, mas pelo desempenho precário no seu funcionamento, deixando-nos a pé no momento em que mais precisamos de celeridade e republicanismo. Triste!
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