Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 6 de junho de 2017

O Atlas da violência deve provocar reações histéricas nos fascistas tupiniquins


Os dados do Atlas da Violência divulgados ontem, mostram bem mais do que imagina o vão jornalixo tucano/liberal.

O fato de Altamira ser considerado o município mais violento do nosso estado não é apenas porque ali é onde fica a hidrelétrica de Belo Monte, mas, porque a política econômica excludente da privataria tucana para o Pará faz da população um bando de nômades em fuga contra a miséria vítima da concentração da riqueza nas mãos de poucos e isto têm consequências.

As vítimas são das mesmas origens, as causas que os vitimiza idem assim como os resultados.  59.080 homicídios registrados no país em 2015, contra 48.136, dez anos antes, certamente não pode ser explicado por quinquilharias mentais decorrentes da necessidade de tapar o sol com a peneira.

Vale dizer, a chacina de Pau D'Arco faz parte dessa violência perpetrada pelas elites contra o povo pobre. No caso, os senhores da terra usam de seu poderio econômico para apropriar-se do aparato que deveria fazer a segurança pública, usado no  massacre de semelhantes econômica e socialmente aos portadores das armas alugadas em favor desses poderosos.

É uma das variações desse tema macabro, que mata 113,6 pessoas a cada grupo de 100 mil habitantes. E mais: ao mesmo tempo que a violência avançou contra negros entre 2005 e 2015: houve um crescimento de 18,2% na taxa de homicídios de negros, enquanto a de não negros diminuiu 12,2%.

São mortes que ocorrem na forma de pacotes, em chacinas, nas periferias das grandes cidades brasileiras, seja pelas mãos do tráfico, de milícias ou de integrantes da própria polícia. Não importa. Importa é que se reproduzem pela impunidade que os protege e são aquiescidas pela população graças ao criminoso espetáculo televisivo em que se transformaram.

Mudar essa realidade trágica só com uma reforma geral do estado brasileiro. Mas isso é algo fora da nossa perspectiva de médio prazo.É algo que só virá com a consolidação da democracia participativa ao ponto de enquadrar aqueles que se acham acima da lei e pensam que esta está ao seu dispor.

Enquanto não nos enquadrarmos nos padrões republicanos da assistência e rigores da lei atingindo a todos igualitariamente, continuaremos a conviver com índices nórdicos de violência em Ipanema; enquanto em Altamira a violência continuará explodindo apenas porque há explosão populacional daqueles que fogem da miséria.

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