Muito oportuna a iniciativa do deputado federal Edmilson Rodrigues e do Ministério Público Federal em federalizar as investigações da chacina de Pau D'arco, quando 11 trabalhadores rurais foram brutalmente assassinados por agentes da Polícia Civil e Militar do Pará.
Diante das manifestações públicas de líderes dessas corporações, ficamos com a sensação que as vítimas tomaram as armas das mãos dos policiais e praticaram suicídio coletivo, auto imolação decorrente de arrependimento por incomodar grileiros tão angelicais.
Como nem a dublê de grileira de terras indígenas e canastrona/mor dos dramalhões globais crê nessa versão delirante, então, torna-se de fundamental importância a presença da PF, até mesmo por estar mais perto dos organismos internacionais que acompanham o caso.
A propósito, merece destaque o PL apresentado pelo Senador Paulo Rocha, prevendo a obrigatoriedade da presença de um membro do Ministério Público a quando do cumprimento de ações de reintegração de posse.
Assim, é possível que a partir dessa medida, louvável, mas tardia, passemos a ter a revelação dos fatos reportados ao desempenho da força policial, em vez de versões estapafúrdias de servidores públicos que recorrentemente se acham acima da lei.
Pode, isto, até gerar um novo embate entre membros do MP e das polícias judiciárias a respeito de competências investigatórias. No entanto, em razão de tudo que está acima exposto, a presença do MP visa desarmar paixões policiais assimiladas da boçalidade daqueles que se acham donos da terra, de qualquer pedaço desta disponível, bem como enquadra a todos na obrigatoriedade de submissão à lei.
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