Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 17 de junho de 2017

Como superar a cleptocracia gilmariana?



Mais do que a ingenuidade quase juvenil da área política do governo Dilma, é preciso que se ressalte também o tirocínio dos integrantes da quadrilha que operou o golpe.

Michel Temer, Eduardo Cunha,Moreira Franco, Romero Jucá, Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima, mais que assaltantes perigosos, tinham a perspectiva histórica da parceria que podiam fazer com os donos do capital a fim de derrubar a presidenta.

Vários exemplos históricos pretéritos colocavam a certeza que haveria apoio político do maior partido de oposição ao governo petista, o PSDB; o sistema financeiro mesmo ganhando dinheiro durante os quatro governos petistas preferia ver no poder uma trupe mais domesticada e menos compromissada socialmente e a velha FIESP, valhacouto de conspiradores canalhas que também abominavam ver demandas dos mais pobres inseridas no orçamento.

Além disso, os retrocitados conspiradores pemedebistas viam no golpe, como deixou claro o celerado Romero Jucá, a grande solução para mante-los impunes, diante da histeria moralista que levava o governo Dilma não deixar nada sem apuração, nem as mais estapafúrdias denúncias oriundas da mídia calhorda.

É verdade que alguns já estão atrás das grades e outros devem seguir o mesmo rumo muito em breve, provavelmente. No entanto, ninguém pode dizer que eles não tentaram, apenas podem ter perdido o time do golpe, ou não tenham empenhado força suficiente na eleição de Aécio, comparsa notório dessa conspiração.

Enfim, o Brasil vive sob um governo ilegítimo e integrado predominantemente por bandidos, uns presos e outros roubando freneticamente antes de tomarem esse rumo, daí o desdém internacional ora dispensado ao país, o que nos coloca em uma situação inusitada: de uma lado a elite e seus representantes políticos, como FHC, querendo pressa na deposição da quadrilha que ajudaram a ungir, mas sem dar ao povo o direito à escolha.

Do outro, o próprio povo querendo retomar a sua prerrogativa soberana de escolha. Não há como contornar o conflito. Pode até que se mitiguem conflitos, mas é certo que o país sairá um barril de pólvora desse impasse.

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