Depois da escola sem partido, a escola verde oliva

É sempre assim. Toda vez que a democracia é golpeada e substituída pela força da reação a inteligência é sempre a primeira vítima.

Depois da infame escola sem partido, tentativa fascista de transformar unidades de ensino em espaço de doutrinação fundamentalista onde até Darwin seria execrado, eis agora surgindo uma espécie de escola com ordem unida.

Esse bestunto, de autoria do deputado estadual Eduardo Costa(PTB-PA), acaba de ser aprovado na Alepa sob justificativa de impor limites a crianças e adolescentes precocemente, ensinando-lhes normas de conduta que caracterizam a relação entre subalterno e superior, sempre marcada por temor e resignação.

Pior, o autor dessa teratologia pseudo pedagógica alega, em sua justificativa, que seu projeto é baseado em similar já transformado em lei no estado do Amazonas com grandes, segundo o autor paraense,avanços em seus objetivos, o que deveria gerar lamentações em vez de tomá-lo como exemplo.

Pior, ainda que o tal monstrengo foi aprovado por unanimidade, o que abre até a possibilidade de derrubada do veto, caso o governador assim, apontando a grande possibilidade de isto virar norma pedagógica no Pará.

Assim , futuramente corremos o risco de ver alunos chamando professores de chefes, em vez de tio, tia; batendo continência, em vez do bom dia, boa tarde e, mais grave, apresentar armas em vez de livros, isto dependendo do sucesso alcançado. Credo!