Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

O grito 'Fora Temer!' começará a ecoar de dentro pra fora do golpismo?



Ao brigar com os fatos usando a mesma retórica dos milicos de 1964, chamando uma manifestação legítima da classe trabalhadora de baderna, o celerado MT nada mais faz do que lutar por sua sobrevivência política.

De fato, ao conseguir unir toda a sociedade contra si, Temer tenta sobreviver diante da obviedade de ter se tornado imprestável para os financiadores do golpe que o ungiu ao comando do país. Afinal, a famigerada reforma da previdência patina, a reforma trabalhista está sendo bombardeada pelo próprio PMDB do Senado e a recuperação econômica prometida não ultrapassa o noticiário criminoso da mídia idem.

Diante disso, Temer perde a serventia sendo pouco provável que chegue ao segundo semestre como presidente do Brasil, diante de uma conjuntura política deplorável e com o campo conservador na linha de tiro como alvo principal da população, enquanto a popularidade de Lula cresce independente desse malsinado noticiário.

Além disso, o êxito desta greve de hoje certamente dará fôlego a diversas categorias na luta contra o programa tucano ora implementado pelo vassalo Temer, logo, há o risco do país enveredar por um cenário de intensa politização cuja figura central, para o mal, é justamente MT.

Trocando em miúdos, podemos estar chegando naquele estágio que este blog previu há mais de dois anos: que o PMDB não passaria de um instrumento do PSDB, impotente pra derrubar o PT pela via democrática.

Mesmo que o golpe tenha cumprido papel importante no 'estancamento da sangria', sendo evidente que a Lava Jato não consegue chegar a chefes da ladroagem em razão destes serem blindados pelo atual governo, era barbada prever que políticos pemedebistas não resistiriam ao quadro moralista que foi pendurado nas paredes da conjuntura nacional.

A tendência é que o partido do MT volte à realidade da ação interna de diversos grupos, renúncia ao momentâneo caráter nacional, além da autofagia que torna-se imperiosa a partir daqui na medida em que figuras como Temer, Cunha, Geddel, Moreira Franco, Padilha, entre outros, devem ser descartados imediatamente, em nome da sobrevivência da legenda.

Quanto ao emergente biônico PSDB, chegará a 2018 tão destroçado quanto Temer atualmente. A dúvida é se partirá para uma aventura politiqueira que sacrifique novamente a democracia em nome de uma bizarra governabilidade que atende aos interesses minoritários dos de sempre, em um momento que a população está alerta contra a tragédia produzida pelo golpismo de abril de 2016 e sucedâneos.

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