O golpista Michel Temer parece já ter jogado a toalha, sendo sabedor que chicanas como separação da chapa Dilma/Temer, cassá-lo mas deixá-lo elegível e principalmente absolvição não se sustentarão no julgamento marcado pra iniciar hoje.
Então, sua última esperança é que surja algum ministro do TSE e peça vistas do processo, sob o pretexto de que pretende estudar melhor a questão a fim de ter um posicionamento mais consistente, de resto, uma desculpa esfarrapada após vários julgamentos desse caso, inclusive um que aprovou as contas de campanha da referida chapa antes da delação da Odebrecht, fato nada irrelevante pra esse julgamento prestes a iniciar.
Caso ocorra esse pedido de vistas, MT certamente terá um tempo maior para entregar mais iniquidades aos patrocinadores do golpe. Nos últimos dias ele já acabou com o Ciência Sem Fronteiras, reduziu quase a pó o Mias Médicos e fechou 400 unidades do programa Farmácia Popular, reduzindo em alguns bilhões de reais os gastos sociais, seguramente pra usar esse dinheiro na melhora da imagem de seu desgoverno diante dos que lhe deram sustentação.
Ocorre que isso, o pedido de vista, pode também dar tempo a que o povo mobilize-se por eleições diretas assim que o vil temerário cair, algo que viria ou de um pacto visando a antecipação das eleições, ou a aprovação de um dispositivo em regime de urgência modificando a regra atualmente vigente.
Certamente que isso não agradaria ao demiurgo do país na atualidade, o ministro Gilmar Mendes, acintosamente o político da direita mais atuante na conjuntura ora vivida, embora suas funções jurídicas cobrem dele o recato e o pudor que ele teima em ignorar.
Se o faz não é por mero instinto ou impulso irascível. Há de ter pretensões de ir mais além de até onde chegou. Por isso, não é à toa que já deu declarações afirmando não haver saída fora de eleições indiretas, esta porta aberta pra eventuais aventureirismos golpistas, sucedâneos desse que hoje experimentamos.
De qualquer modo, só o povo nas ruas conseguirá abortar conspirações e ardis anti democráticos em que substitui-se o golpista, mas preserva-se o golpe, pois essa situação significará a continuação da marcha anti conquistas sociais iniciada por MT.
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