Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Amnésia safada
A citação, por Emilio Odebrecht, do nome de FHC como beneficiário de propina eleitoral, além de bombástica, serve principalmente para mostrar quão parvo é o procurador Deltan Dallagnol, por extensão, a trupe toda da inquisição curitibana cujas convicções uniformes formam o medíocre pensamento único que embasa essa pantomima.
De fato, dizer publicamente que o PSDB não precisa ser investigado porque não era governo é de uma dissimulação digna dos maiores vigaristas de mesa de cassino.
Até na Toca do Morcego, lá no Ver O Peso, o maior consumidor de crack sabe que essa sacanagem na Petrobras não começou ontem, logo, investigá-la a partir de data recente presta-se à politicagem que tenta influir nos destinos do país ao impedir o debate de diferentes concepções políticas.
E olha que o drogado acima referido certamente nem teve acesso ao que disse um dos delatores, a respeito da sacanagem facciosamente investigada, que isso vem desde a década de 1950, portanto, bem antes do que imagina o farsante Dallagnol.
Fato é que chegamos no segundo estágio da surreal operação mãos limpas sob inspiração macunaímica. Depois de uma quadrilha de larápios apear do presidência do país uma presidenta legitimamente eleita e contra a qual não pesa nada que desabone sua conduta, contando com a cumplicidade do Poder Judiciário; agora caminhamos para condenar como "chefe da quadrilha" aquele contra quem pesam acusações frágeis que não se sustentam diante do mais superficial exame.
Na contramão, inocenta-se os verdadeiros mentores da ladroagem partindo-se da crença que não podiam fazer o que fizeram porque não estavam na direção do esquema, crença desmentida até pela formação do consórcio golpista que comanda a luta pela impunidade, ou estancamento da sangria.
Assim, o país vai sendo passado a limpo. Todavia, em vez de produtos de limpeza ética necessária à tarefa, no caso, aplicação da lei a partir de investigação decente e contra quem de fato delinquiu, usa-se o excremento do conluio politiqueiro como o produto usado na atividade pseudo higienizadora, atirando contra a sociedade um resultado mal cheiroso, ultrajante e manchado da mais vil impunidade que fingia combater.
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