Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 23 de março de 2017

A solução Gilmar


Se o Senado Federal aprovar, como anunciam, a Lei do Abuso de Autoridade, aquela que vai conter as convicções do DOI-CODI curitibano, para o abril que está às portas, então, está dada a senha para encerrar a Lava Jato.

Um mês antes do encontro de Moro com Lula no teatro guantanâmico curitibano, sob os efeitos do confisco do material do trabalho de trabalho do Eduardo Guimarães, o blogueiro sequestrado pela PF acusado de vazador(quáquáquáquá), Moro teria contra si uma lei fresquinha pra conter seus arroubos.

Qual seria a consequência disso no campo da política? O fim da perseguição atroz da Lava Jato a Lula, sem que a missão dessa força tarefa chegasse ao seu objetivo final: justamente prender ou condenar o Lula em segunda instância a fim de inviabilizar a candidatura do petista.

Paralelamente a esse reconhecimento(tardio) da inocência de Lula e seus familiares, porém, é provável que todos aqueles denunciados por delatores ora presos, acusados de receber propina da grossa, também sejam forçosamente beneficiados na medida em que teriam um instrumento valioso, a futura lei, pra usar como salvo conduto contra as acusações que sofrem.

Está bem, isto seria bastante eficaz na consolidação do estancamento da sangria, no entanto, traria junto a perspectiva de Lula voltar à presidência da República, provavelmente com votação consagradora, principalmente diante da absolvição e conforme atestou aquela manifestação em Monteiro(PB).

É, mas é aí que pode estar sendo gestada nos bastidores do Palácio Jaburu, no Planalto havia fantasmas(grampos?), uma espécie de 'solução Gilmar', em que este seria escolhido quase em rito sumário, pelo Congresso Nacional conforme estabelece a CF, sucessor do MT e emissário da boa nova para o golpismo, que inviabilizaria a possível tentativa da volta de Lula.

Eleito, ainda neste ano, Gilmar daria um jeito de adiar as eleições do ano vindouro com a alegação de que não haveria tempo pra fazer algo como presidente do país. Para tal, contaria com grande campanha midiática cujo mote seria o alto custo de eleições realizadas de dois em dois anos, além da orgiástica troca de favores entre financiadores e financiados de campanhas eleitorais, algo que nos colocou nessa bananosa moral, obviamente com ênfase da campanha em  casos que envolvem petistas.

Assim, com decrepitude moral, disenteria verbal e seja lá o que consta do jus sperneandi do melífluo dr. Janot, Gilmar poderá ter todas as condições de adiar as eleições do ano que vem para 2020, dando mais dois anos para o golpismo neutralizar a volta de Lula, sem o risco de colocar o país em convulsão. Aguardemos, então, o próximo acesso de disenteria.

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