Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A justiça tardia


"Temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre esse tema que conflita com a jurisprudência que desenvolvemos ao longo desses anos", disse hoje o ministro Gilmar Mendes, em sessão da 2ª turma do STF.

Será essa fala uma indicação que os super poderes de Moro estão com os dias contados?

Se for isso, então, quem está preso sem julgamento pode ser liberado brevemente o que esvaziaria a malsinada Lava Jato, sabidamente mais baseada em convicções do que em provas.

E mais: daqui pra frente tudo vai ser diferente, isto é, quem for delatado, denunciado, pilhado em delito que não seja submetido a julgamento pode recorrer ao Supremo tribunal Federal que terá grandes chances de ser posto em liberdade, aliás, esse um ato civilizatório tardio, embora entenda-se perfeitamente o porquê dessa lentidão.

Diante dessa nova perspectiva, é provável que Moro tente acelerar julgamentos de alguns desafetos da operação com o intuito de garantir mais condenações. O problema é a ausência de provas suficientes pra consolidar essas condenações.

É verdade que até aqui o STF tem mantido as decisões da inquisição curitibana, ainda hoje, a propósito, essa 2ª Turma manteve a condenação de João Cláudio Genu, todavia, qualquer atitude mais açodada pode ser alvo do revisionismo gilmariano consolidando o provável esvaziamento e a consequente garantia de impunidade de figurões do golpe altamente encrencados.

É o script do golpe sendo seguido à risca, com a criminalização unilateral, deposição sem crime, garantia da impunidade de cabeças coroadas do golpismo e mudança de hábito da imprensa, adotando postura mais desleixada contra a corrupção, depois que os primeiros objetivos foram alcançados. Com Mendes e Moraes, a partir daqui, tá tudo dominado.

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