O site UOL(FSP) traz, hoje, matéria interessante a respeito das atuais condições de sobrevivência vividas pelos shopping centers, bem como a perspectiva de um futuro nada promissor se levarmos em conta que a agenda golpista, eminentemente neoliberal, vingue por um tempo maior do que tolere o povo brasileiro.
Segundo dados dessa dita matéria, 19 shoppings foram inaugurados neste ano. No entanto, abriram com 50% de sua capacidade, ou seja, metade de seus espaços disponíveis não foram comercializados. Pra piorar, em pouco tempo vários pontos fecham as portas e mostram-se um mau negócio.
2016 foi, ainda, o ano em que registrou-se um saldo negativo na abertura de lojas, desde 2004. Consequência: estratosféricas 36.659 vagas de trabalho ceifadas. Queda de vendas na ordem de 9,7% no valor total de vendas, tendo como referência as do ano passado. R$140 bilhões em vendas, R$5 bilhões a menos que 2015.
Assim, de espaços de acolhimento de uma grande parcela da sociedade que se viu consumidora por conta do crédito acessível concedido por medidas governamentais, os shoppings verão a fuga desse segmento de suas dependências, ou, no máximo, vendo-os frequentar apenas as lojas mais populares a fim de adquirir em vez de um presente uma lembrancinha, situação que será agravada quando forem sentidos mais fortemente a 'Era do Bico', em substituição ao trabalho formal com carteira assinada.
Trocando em miúdos, nessa seleção em que só os mais espertos sobreviverão, breve teremos vários desses palácios modernosos transformados em escombros sobrevivendo das mais bizarras atividades pra descolar um troco pra si e outrora magnata dono do imóvel. Apocalíptico!
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