Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O louco, o tresloucado e a república bananeira


E se o ministro Marco Aurélio Mello fizer o mesmo, ou seja, pedir o impeachment de Gilmar Mendes? Como fica? A presidenta dará seguimento aos processos?

Falando sério, pouco provável que isso ocorra. Todavia essa judicialização da política, que começou lá atrás, quando Tasso Jereissati, Arthur Virgilio Neto, Heloisa Helena, Sérgio Cabral, Agripino Maia, Álvaro Dias e mais uns três ou quatro instituiram o costume de bater às portas do Judiciário toda vez que Lula tomava uma iniciativa que não era do agrado deles.

Foi essa aberração de tentar reduzir as prerrogativas do Poder Executivo submetendo-as ao talante do Poder Judiciário que possibilitou o surgimento do caso dos irmãos Naves do século XXI, vulgo AP 470, posteriormente essa farsa moralista comandada por um togado fantoche dos interesses econômicos de multinacionais do petróleo, acolitado por meia dúzia de fanáticos religiosos oriundos do Ministério Público, que contribuiram enormemente para a esculhambação institucional ora vivida, bem como para que o Poder Judiciário se tornasse exemplar no desrespeito à Constituição Federal.

Esse caos nos permite ao menos perceber que o tapete togado parece fabricado para aquelas séries da tevê estadunidense onde loirinhas com aparência de ingenuidade dispõe de super poderes, capazes de lhes proporcionar mudanças arbitrárias nos rumos naturais dos acontecimentos.

Esse tapete, do Judiciário brasileiro, parece também ser sobrenatural a ponto de ser capaz de esconder inúmeras coisas que a vã crença popular nem imagina. Inclusive alguns comportamentos premiados de seus membros, quando em em outros segmentos do serviço público seriam ' premiados' com longas temporadas atrás das grades.

Por isso, é pouco provável que o pedido de Gilmar Mendes contra seu colega dê em alguma investigação, assim como os trocentos pedidos de impeachment contra Gilmar foram parar na lata do lixo mais próxima da autoridade julgadora da reclamação.

Restou a balbúrdia que o país virou depois que derrubaram uma presidenta legitimamente eleita a fim de colocar em seu lugar uma quadrilha de malfeitores, que em poucos meses mostrou um ânimo delinquente incomum e estranhamente ignorado por aqueles falsos pregadores da moral.

Por isso, deixa de ser insólito um ministro do STF referir-se ao colega declarando, "no Nordeste se diz que não se corre atrás de doido porque não se sabe para onde ele vai". Isto antecedido por vários porradais verbais, transmitidos direto do plenário a todos os brasileiros que dispõe de acesso a TV Justiça. Não podia terminar deforma mais melancólica. Uma decisão emanada da mais alta corte jurídica do país solenemente ignorada por outro poder, justamente por ser interpretada como um louco perambulando. Triste!

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