Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Bye bye Cosanpa e Banpará


O golpismo temerário trama a privatização de empresas estaduais, usando o arrecadado pra amortizar dívidas dos estados com a União. A (má) intenção é que os estados leiloem companhias de saneamento e bancos regionais a fim de pagarem o que devem ao governo federal.

Cá no Pará teríamos, finalmente, a transferência da Cosanpa e Banpará pra iniciativa privada, ou qualquer ente que se disponha a comprá-los, mesmo na situação de penúria em que se encontram. O banco, vivendo da prática da extorsão contra servidores públicos estaduais; e a companhia de desabastecimento de água vivendo da 'fartura', isto é, não há bairro da Região Metropolitana de Belém que não tenha suas horas diárias de falta do tal precioso líquido nas torneiras.

Na verdade, Simão sonha transferir o controle acionário da Cosanpa à Sabesp(SP) desde 2011, quando voltou ao governo. A transação só não foi consolidada porque a companhia estadual de água de São Paulo enfrentou em seguida forte crise administrativa a ponto de privar certas regiões do estado do abastecimento. Todavia, vira mexe, Simão dá a entender que o descalabro atual só será revertido se a Cosanpa trocar de dono.

Já o Banpará não é tão mal visto como a estatal das águas, por tratar-se de um gestor de ativos estaduais fundamentais para a administração das finanças continuarem sob controle a ferro e fogo. Porém, em se tratando de privatas juramentados, não significará nenhuma sangria desatada faturar uns cobres a mais com a transferência do controle acionário do banco estatal paraense.

Por enquanto, tudo não passa de balão de ensaio, até mesmo porque nada indica que alguém deseje comprar algo no escuro, ano que vem, um ano praticamente perdido do ponto de vista econômico por conta do golpismo temerário. A não ser que apareça um gringo louco que veja nisso a possibilidade paralela da apropriação de mananciais cobiçadíssimos existentes por aqui.

De resto, a situação servirá pra detalhar o real buraco nas finanças do governo do Pará, ao contrário do que propagandeia a mídia tucano/liberal. Como a solução anunciada mostrou-se ao longo dos anos não ser solução, então, estaremos de volta ao surrado, 'nada é tão ruim que não possa piorar'.

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