Simão, O Nefasto

É inegável que Simão Lorota contribuiu enormemente para que o Pará se tornasse um dos estados mais pauperizados do país. Deixou de ser líder no quesito empregabilidade, paga os piores salários, grande parte de sua população vive do Bolsa-Família ou depende da pensão paga à terceira idade, conforme determina a Constituição Federal.

Todavia, foi na educação que o cerpasiano Simão mais empreendeu ações nefastas, capazes de causar um descalabro que também nos deixa em péssima situação.

Cortou o ponto dos professores que reivindicavam o cumprimento da lei que obriga a ter como base para pagamento dos vencimentos o Piso Nacional da Educação. Com esse dinheiro, contratou escolas particulares pra repor as aulas decorrentes dos dias parados, um aberrante desrespeito à lei e ao direito de terceiros, que tanto Ministério Público quanto Tribunal de Justiça ignoraram, em nome da marginalidade deliberada cometida pelo governador.

Ensaiou terceirizar o ensino de idiomas estrangeiros, principalmente a disciplina Inglês, ignorando existir nos quadros da SEDUC professores concursados e habilitados pra ministrar aulas dessas matérias. Só não foi adiante porque a polícia desbaratou antes a quadrilha que operava tratativas com o governo a fim de consolidar essa trambicagem.

Agora, os jornais anunciam e os professores constatam que Simão dá mais uma flechada nos direitos dos pobres a fim de transformar o dinheiro que custeia a operacionalização desse direito em mercadoria lucrativa em benefício da iniciativa privada. A SEDUC reduz no rumo da extinção as turmas do Ensino Médio para Jovens e  Adultos(EJA), simultaneamente à criação dessa modalidade em escolas privadas. Para tornar-se mais atrativa, é exigida apenas a presença em uma aula por semana, as restantes são ministradas a distância e tudo concluído em 18 meses.

Desde que concedeu um perdão à Cerpasa em troca de propina pra sua campanha governamental, em 2002, Simão não parou mais de governar fazendo favores à iniciativa privada às custas de cortes de gastos sociais. Isto, desgraçadamente, talvez explique sua meteórica carreira de crooner de barzinho a governante milionário, sem que sejam cobradas explicações. Mas certamente explica o porquê do nosso crescimento estilo rabo de cavalo.  Lamentável!